resta
uma luz tênue no pátio, palpitando sou tomado pelo suor, esgueirando-me
pelas colunas e sombras, a poucos metros do portão...saio finalmente, sigo o
caminho de terra em direção ao vilarejo.
Estes
poucos quiilômetros parecem nunca acabar, molhado e arfando não
diminuo o
ritmo com medo de recuar, vejo a luz da sacada, ouço uma música suave e
me aproximo dos primeiros degraus, paro para respirar,
uma
longa jornada me espera.
Mal
passam dois minutos e já me sinto jovem, adentro... Percebo o choque,
alguns
me dirigem um olhar perplexo, outros se imobilizam, tarde demais...
fui
hipnotizado instantâneamente por aqueles olhos verdes, pergunto
seu nome.
-
Ísis !
Heresia,
meus pudores esvaem-se, sinal de libertação, chego perto de seu rosto, ao menor
movimento de seus lábios ergo meu dedo em direção a sua boca em sinal de
silêncio, e digo.
-
Sem palavras, apenas conceda-me.
Entrego-lhe
uma maço de notas, embaralhadas e amassadas, oriundas de pequenos furtos da
caixa de doações do convento. Ela mexe sua cabeça consentindo, me puxa pelas
mãos em direção ao fundo do salão...
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