sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Por Inteiro


















Por lá e cá ele o segue, a si mesmo
Equilibrando-se na figura do oposto
Guerreiro ermitão guiado pelo menino
Tão díspares personas a se unificar

Não importa quão longe possam ir
Sempre voltarão para dentro de si
Um fardo de aventuras e prazeres
Já cansaram de tanto usufruir

Por trás deste enredo ambíguo
Descortina-se o ser no seu melhor
Se lhe trouxe assim estas tarefas
De certo se esqueceu de aprender

Vivência de alma antiga
Graça e teimosia de criança
Falar de repente ao pensar
Sincera e justa autenticidade

Sob a proteção das estrelas
Seguem seu verdadeiro caminho
No rumo do meio do céu
Lá, serão iluminados num só

Frei Deriko Nietzsche



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Questão da Verdade



Quando você fala a sua verdade, o outro entende, aceita ou rejeita?
Na razão, cada ser tem a sua justa verdade
O sabe por estar inserido num universo uno, só seu
Se expressa com a conveniência de ser verdadeiro

Os imaginativos são confusos e oscilantes, na verdade
A verdade racionalmente comprovada cabe aos realistas
Outros ainda simulam enredos para as suas ditas verdades
O difícil é aceitar outra verdade que não seja a sua

As pessoas que nos cercam ajudam a formar nosso ponto de vista
Seja sonho ou realidade, a interpretação da verdade pode causar conflitos
Há de se ser sincero e sábio, diante do espelho e com o próximo
Estar aberto para conhecer outras verdades, e escolher seu caminho

Suas relações, seus afetos e a sua conduta em geral o farão
Construir a verdade da sua vida e de quem você é, a cada dia
Esta é a verdadeira visão da verdade

Frei Deriko Nietzsche

Sede de Garoa









Como é bom te sentir novamente
Garoa suave que me escorre ao rosto
Umedecendo meus já sedentos lábios

Os desejos mais profundos a irrigar
Germinados em meu ávido coração
Outra vez o sol reflete em seus cabelos

Loira garota, nada foi em vão, enfim...
Peço que todo dia chova e faça sol
Transbordando meu coração de júbilo

Frei Deriko Nietzsche

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Perdido na noite











Ficar
Hoje tá na moda
Tempos atrás era bolo
Só crescia com o tempo
Fermentando o desejo
De fazer a cobertura

Exagero
Nem sempre é tudo isso
Isso tudo não o é sempre
Voce pode sempre tentar-se
Enganar para tudo, e o sempre

Correndo atrás do pet
Vez por outra, volta e meia
Dá a volta outra vez
E olha que ele não tem rabo
Nem gosta de osso

Pondo
Este é duca
Lembra marca de creme
Você escolhe onde passa
E corre o risco de escorregar
Pra dentro, é de ferrar


Frei Deriko Nietzsche

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Procura-se



















Bela e frágil a tão admirada fortaleza
Sem bases adequadas de construção
Corre o risco de se autodestruir
Pela ação do tempo, ou invasão

O mais dedicado de seus arquitetos
Não teve mais recursos ou inspiração
Sonha com alguém que possa restaurar
Ao menos boa parte de sua recordação

Frei Deriko Nietzsche



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu Povo
















O leve cerrar de meus olhos me faz viajar
Perfume de incenso e tênue luz de velas
Me guiam e levito a tão longe lugar
Na pureza espiritual procuro meu despertar

Vejo o bosque e a clareira, a lua quase cheia
A brisa da noite aos poucos me toma e faz-me pousar
Uma música alegre, crianças pra lá e pra cá
Tendas, carroças, casais enamorados a flertar

Os mais velhos não canso de contemplar
Ao fogo dourado tão mágica sabedoria assimilar
Natureza da alma e do ser supremo que existe em nós
Um éter que nos embala através do caminhar

O som das 7 cordas me fazem dançar e cheirar
Todas as flores que eu queira dar por amar
As castanholas me trazem o pão e o vinho
A procura de um belo olhar, passo a ficar

O bem a si e ao próximo é uma só vibração
Eternos e felizes caminhantes com Deus
Dos recantos aos encantos dos quatro cantos
Louvo, este é o meu povo em qualquer lugar

Agora vejo o sol raiar !

Frei Deriko Nietzsche

domingo, 25 de outubro de 2009

Jogo de contas


















Medida em conta
De somar e cuidar
De ter em se dar
Orientar ao zelar

Faz-se a conta do pai
Que não é santo
Conta que vive para amar
Contando as contas do mar

Frei Deriko Nietzsche

Sossêgo






















Existe uma paz chamada sossêgo
Onde me encontro suavemente comigo
Não estou, pois sou parte do meu todo

Pássaros e brisa num doce acalento
Somente eles envolvem meu pensar
Na preguiça espero o tempo chegar

Frei Deriko Nietzsche



Disfarce



















Lançam ao ar os mais aventureiros
Sem medo de mostrar ou mesmo errar
Poetas e letrados trazem este dom
Terno ou ríspido envolver, sabem fazer ser

Do claro ao enigmático jogo de palavras
Ávidos são a todos quererem dizer
Que o mais fiel espelho iremos encontrar
Nem verso nem rima, só a entrelinha é que o trás

O que seria destes loucos ou intelectos
Se assim não pudessem se achar
Amadurecendo de forma velada
Ao ter ao menos um leitor a se importar

Frei Deriko Nietzsche



Duelo Perdido do Elo














Cúmplice é o que se cala
Na fala nem sempre ambígua
Fica então a lealdade assumida

Armam-se de pura retórica
Metafórica arte das palavras
Porque ultrapassaram limites

Na permissão de se acharem
Retardam a devida coragem
Perdem-se no atropelo do tempo

Foi-se então a lealdade
Destruiu-se a cumplicidade
Resta apagar os rastros

Tola e ínfima pretensão
No embate de ditos titãs
Eles já não o são, nem se dão

Frei Deriko Nietzsche

Saudade





Crianças levadas são pela vida
Antes inocência, agora perdida
Do embalo do colo vem a saudade
De uma data já ida, tão querida

Frei Deriko Nietzsche



sábado, 24 de outubro de 2009

Reencontros



















Uma dádiva muitos deles serem queridos
Já são mais de trinta anos passados
Mestres e discípulos em uníssona comunhão
Risos, abraços e olhares, múltiplas sensações

Registros presentes de um saudoso passado
Éramos tão jovens, e assim nos tornamos quando juntos
Uns isto, outros aquilo, e todos bem...felizes em seus mundos
Sem esquecer das lembranças de nosso antigo e divertido mundo

Nada é capaz de medir o calor destes reencontros. que seguirão
Recordam-se e vivenciam-se amizades e flertes, laços se aproximam
Só faltou ela, a musa dos trinta, que pensava serem só dez,
e muitos ainda não se esquecem...

Um viva a todos nós!

Frei Deriko Nietzsche


Divindade ou Demônio




















Despertamos a dualidade a cada momento
Procurando gerir o entrelaçamento quântico
Você quer e bate, o outro revida, ou não
Você quer e ama, o outro se entrega, ou não
Você quer fuder, acaba se fudendo, ou não
Todos querem ser e querer sem o saber, uns não
Cadê meu anjo da guarda ? O grilo falante ?

Ah..isso é ser humano

Frei Deriko Nietzsche




sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O caminho da oração


Preste atenção nas orações que você costuma fazer
Ter, ser, usar, ganhar, justificar, implorar...o quanto são citados
Parecem conduzir a nosso bel prazer, puro ego
Não é rezar, é querer que outros nos façam por nós

O foco maior penso ser amor e compreensão
Nem é preciso palavras, só direcionamento
Emanar estes sentimentos, nunca querer ou julgar
Auxilie o suficiente para que o outro ande por si só

Na intenção das palavras e do pensamento
Dignos devem ser nossos sinceros desejos
Humildade para se reconhecer e saber se perdoar
Aprimorar-se dia e noite, através dos tempos e espaços

Maior é o poder de saber se amar verdadeiramente, para amar
Abençoe-se na luz divina que há em voce
Que assim voce seja, sempre

Frei Deriko Nietzsche

Namastê




Calmamente relaxo meu corpo e mente
Procuro conforto e cerro os olhos
Inspiro suavemente ao me deixar guiar
Só as sensações de puro pensar
É comunhão e não meditação

Busco meus momentos de felicidade
Outras vezes boas saudades me vêm
Ondas, vento, sol ou garoa
Ao luar já é encantamento

Sinto os entes queridos próximo ao coração
Parentes, amigos e as levadas crianças
Novas e antigas paixões, todos os são
Talvez a plenitude de se ser, seja assim

Um breve momento de eterna felicidade
Namastê

Frei Deriko Nietzsche


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

No Jardim




O jardim é testemunha
Das raízes de nossa história

Tem muitas flores e espinhos

Na relva lancei minhas sementes
Rosado e ereto, ela sutilmente a me olhar
Sorriu com desdém, mas ativou suas lembranças

Talvez um dia ela venha a saciar-se
Não espero o querer, apenas o se dar
Importa mais o sentir profundo que há

Este é meu trunfo, saber amar e aceitar
Isto me basta, reaprendi a viver solto, solto-a
Sigo o vento, e os cheiros de que gosto

Frei Deriko Nietzsche

Passado













Passado o tempo de espera
Me abro para minha essência
Ponho-me a rir e viver intensamente
Seduzindo almas e provocando emoções
No prazer do humor, amizade ou flerte
Passado no tempo ficou, é saudade

Frei Deriko Nietzsche

Eu e Ela


Sua arte sim é suprema
Uma sábia na junção de letras
Palavras refinadas com nobreza

Nosso maior desafio vencemos
Uma amizade entre os opostos
Dispostos a não se perderem

Face a face sem trema sequer
Confiança plena cultivamos
Sinceridade, como eu adoro voce

Frei Deriko Nietzsche

Terapia Corporal
















Impossível medir sua destreza
Mãos a cintilar como prata ofuscante
Incendiando meus meridianos

Massagem de corpo e alma
Longa é a semana a sua espera
Para unirem-se no prana

Pressiona fundo em eterno carinho
Um recanto sequer sem seu toque
Relaxo e me ponho a levitar

Subindo sempre, quase sem fim
Estremeço ao toque de sua boca
Meu falo é suavemente sugado

Os instintos dominam a pureza mental
O cume e o vale na mesma paisagem
Surge minha gueixa, deixe-a ficar

Frei Deriko Nietzsche


Fuga - parte 2

 link para parte 1


sob tênue luz fico atônito ao ter minha boca sugada, sua saliva quente...
Ergo a bandeira por sob o manto, minhas mãos percorrem suas nádegas e rasgo-lhe as vestes
puro e incontrolável instinto animal, dispo-me e a jogo na cama sebosa, caio de boca em sua gruta
...sorvo o caldo de fêmea úmida, massacro-lhe os seios de bicos entumecidos, em segundos a penetro
qual um gigante ávido pela cachoeira ao fim da trilha...
Vem o dilúvio e não paro, não ouço mais os sons, só o cheiro  que me enlouquece, volto a castigá-la...
explodo novamente e a solto, murmuro seu nome algumas vezes.
Sacro silêncio, meus pensamentos atordoados despertam minha visão, ela nada diz, me olha com ar de
missão cumprida, ledo engano... quero tudo a que tenho direito, puxo-lhe pelos cabelos direto ao tesão,
mal a deixo respirar, movimento frenéticamente sua cabeça
A pressão aumenta, as veias incham, afasto e deixo-a tomar fôlego...abruptamente coloco-a de quatro e empino seu rabo,
desabroxo aquela rosa com as mãos espalmadas, cuspo no alvo, deixo minha saliva escorrer...
ela me olha pelos ombros, meio assustada e excitada, uma verdadeira atriz...sorrio sarcásticamente, arreganho-lhe e procuro
o encaixe, sinto o anel encostar, aprofundo-me suavemente até o talo ser engolido e começo a bombar, ela geme...
É o mais intenso prazer que conheço, pernicioso ato, me transformo num lôbo comendo uma cadela, quase um lobisomem...


continua
Frei Deriko Nietzsche



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Encontro comigo



Ambos trazem os sentidos em alerta
São as primeiras impressões mútuas
Sorrisos e olhares atentos
Atenuam a falta de intimidade

Desato a falar, mas seu contraponto não tarda
Eis que vem a surpresa, pescadora profissional
Curvo-me em respeito, o diálogo é instigante
Procuro o caminho direto pelas palavras

Nada há que eu tema, a não ser o meu bem-querer
Dispo-me de máscaras e evito artimanhas
Não há mais tempo a perder
Ela é uma boa Samaritana

Frei Deriko Nietzsche


Envolvido



Há tanto o que se ver e sentir
Desta sublime presença feminina
Elegância nata que me encanta
E canto seu nome sem parar

Olhar de diva e magia de sereia
Voz que me guia para onde quer
Tamanho poder não resisto, e imploro...
Qual meu canto você quer ocupar?

Frei Deriko Nietzsche


Simples lembrete




















O universo agrupa as moléculas
Os pensamentos dão forma
Construa então o seu melhor mundo

Monitore sua conduta a cada instante
Busque exemplos em seres iluminados
Torne o seu redor um santuário

Das suas pedras faça lindas esculturas
Construa suas relações com sinceridade
A felicidade plena você conquistará

Frei Deriko Nietzsche


Triste Olhar



















Para quem te conhece e sabe enxergar
Basta um olhar para decifrar-te a cada instante
Lindas coisas vejo presente em teu coração
Mas a escolha do teu saber permanece imatura

Sua suposta altivez e nobreza
Traz a leviandade à procura de si mesma
Tola é a ilusão de que assim se completa
Alimentando fragmentos de passados amores

Uns se deixam levar por serem condicionados
Aquele que te reconhece por detrás das máscaras
Ao olhar consciente te despe, te acaricia e aceita
Tenta em vão lhe sugerir um novo caminho

Assim aos pedaços sempre faltará o próximo
Na trajetória deixa rastros e marcas em você
Tempo demais a procura de um espelho
Sincero amor sabe enxergar o seu triste olhar

Frei Deriko Nietzsche


É certo?



certa vez deu certo
certa ela não é com certeza
ele não sabe o que é certo
não dá para se acertar
o certo com certeza
na certa um dia virá


Frei Deriko Nietzsche


domingo, 11 de outubro de 2009

A você, meu convite

Frei Deriko Nietzsche

Ele surgiu quase que do acaso, fruto de um ser pensante que usa a criatividade
inclusive como ferramenta de regeneração, depois de um período veio então a ruptura, da palavra em pronúncia passou à grafia, um voto de silêncio.
Um novo desafio ao personagem, ser místico e despudorado, livre para pensar e ser. Talvez sua maior virtude seja a espontaneidade, mas é marcante como a sua mente conturbada e irriquieta o transporta a pensamentos tão contrastantes.
Aos que o amarem, mantenham-no vivo, caso contrário podem crucificar.

Outro filho

Jura que tentou mas obteve pouco espaço, e sabedoria
O tempo e afastamento permitiu apenas um gostar básico
Pelo destino, anos depois o filho se tornou o pai
E como foi prazeroso o descobrimento mútuo, sentimento único
Veio a humildade, a admiração, hoje ele o tem como exemplo
Só deve ser amigo e cúmplice, já recebeu a dádiva da compreensão
E agora pode beijá-lo mais ainda

Frei Deriko Nietzsche

Doce olhar


Da cor do mel é o seu olhar, e doce como uma brisa
Envolve-me suavemente e me perco em puro êxtase
Traz o seu cheiro e inunda meu coração de felicidade
Passo a sorrir como ao ver um beija-flôr enamorado
É tão sublime a sua existência, que só posso é amar

Frei Deriko Nietzsche

Seus amores




















Ser precioso, apaixonante, nenhum há de negar
Ser pensante, movido pelas emoções e por suas metas de vida.
Do amor ao intelecto, da força à sensualidade,
Da plenitude sexual até a reconquista da juventude perdida.

De todos soube um pouco agregar, e se firmar como mulher
Fez-se linda na vida, filhos, amigos e tudo o mais
Livre e independente para se guiar em todos os sentidos
Com um lindo caminho a trilhar, parece estar a recomeçar

Certa vez dois se encontraram, e choraram juntos seu amar
Parecia impossível, mas foram cúmplices de coração aberto
Percepções semelhantes ficaram então evidentes
Entre realidade e fantasia vão optar, seus sete amores

Frei Deriko Nietzsche


Despertar

















Acordo em riste, procuro seu calor e a beijo suavemente na nuca
Vou me encostando, sussuro meu tesão e a abraço ternamente
Sinto seu despertar, olhos cerrados ainda, vejo seu sorriso no canto dos lábios

Gosto de vir por trás, encosto vagarosamente, você se entrega
Sorri, ainda de olhos fechados, mexe um pouco para dar a rota certa
Vou me encaixando e penetro... voce já molhada, só de permitir

Nos mexemos longa e delicadamente, o calor aumenta
Logo vem nosso gozo, sempre juntos, nos encharcamos
Mais umas duas ou três investidas, como me despedindo

Com todo o meu carinho sussuro-lhe... "a noite venho te comer de novo"
Levanto e olho para ela deitada, vai adormecer mais um pouco, feliz
Seu sorriso é tudo de que preciso

Frei Deriko Nietzsche

Novo encontro




Ele é um caçador de sorte
Instintos aguçados, olhos penetrantes, sabe se situar
Poucas vezes errou o alvo, parece hipnotizar ou encantar
Intenso no desejo, obstinado na conquista, se arma e vai atrás


Quem o guia é o coração,  tem de estar profundamente apaixonado
Amou e por suas presas foi amado, muitas vezes, por quanto durou
Como guerreiro segue de lança em riste, sabe todos os caminhos
Busca agora o próximo encontro, de amor

Frei Deriko Nietzsche